domingo, agosto 02, 2009

A polémica "Joana Amaral Dias": linha do tempo

Vamos apresentar a linha do tempo do alegado convite a Joana Amaral Dias:

2005
22 de Setembro - Joana Amaral Dias confirma que será a Mandatária para a Juventude da candidatura de Mário Soares à Presidência da República.

2006
24 de Janeiro - Fernando Rosas, deputado do BE, garante que o partido não vai punir Joana Amaral Dias, a mandatária de Mário Soares para a Juventude, por ter apoiado esta candidatura.

2009
8 de Fevereiro - Joana Amaral Dias foi excluída da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda, não encontrando "nenhuma razão para não fazer parte" de uma equipa de 80 elementos. Ninguém encontra explicações para o sucedido mas há quem indique que o apoio a Mário Soares em 2006 poderá ter precipitado esta decisão. Joana Amaral Dias refere que vai continuar a apoiar o projecto do BE por não ter como objectivo obter cargos.

24 de Julho - Durante um almoço numa associação recreativa no Barreiro, Francisco Louçã terá acusado José Sócrates de tráfico de influências ao ter oferecido à militante bloquista Joana Amaral Dias um lugar de Estado em troca de apoio às listas socialistas para as legislativas. Continua, dizendo que "voltou a convidá-la para cargos de Estado em troca de um eventual apoio, seja a chefiar um instituto público na área da saúde, seja num qualquer lugar de Governo".

24 de Julho - Joana Amaral Dias confirma ao Público as declarações de Francisco Louçã e acrescenta que rejeitou "por motivos óbvios", finalizando com "embora o BE me tenha afastado da Mesa Nacional e pelos vistos dispensado das listas de candidatos a deputados, sou militante de base e defensora das ideias e projectos deste partido".

25 de Julho - Em declarações ao Público, Francisco Louçã insiste que "primeiro ofereceram [o PS] a Joana Amaral Dias o segundo lugar por Coimbra e depois sugeriram a presidência do IDT - Instituto da Droga e da Toxicodependência ou um cargo no Governo".

25 de Julho - João Tiago Silveira, porta-voz do PS, nega que Joana Amaral Dias tenha sido convidada por alguém da comissão política ou da direcção do partido para integrar as listas socialistas como independente.

26 de Julho - Em resposta à polémica, José Sócrates desmente "categoricamente que" tenha "convidado a Joana Amaral Dias para fazer parte das listas do PS ou que tenha pedido alguém para convidar". Mais adianta que só ouviu "falar nesse nome depois" e que já não vê "a Joana Amaral Dias há pelo menos três anos na campanha eleitoral para Presidente da República".
As listas do PS, já tornadas definitivas, não incluem, entre outros, Isabel Pires de Lima, Ascenso Simões e Paulo Campos.

26 de Julho - O Ministro do Trabalho, Vieira da Silva, acusa Francisco Louçã de "mentir grosseiramente" sobre o alegado convite a Joana Amaral Dias para integrar as listas do PS nas próximas eleições legislativas.

26 de Julho - Louçã insiste na sua versão dos factos e afirma que "diversos" desmentidos do PS ao eventual convite dos socialistas à militante bloquista para integrar as listas às legislativas são "esclarecedores e iluminadores" sobre o assunto.

26 de Julho - Vítor Baptista, Presidente da distrital do PS de Coimbra, declara "nunca, em momento algum" ter convidado ou mandatado alguém para fazer o convite a Joana Amaral Dias, acrescentando que se alguém o fez não estará mandatado para isso.

29 de Julho - Paulo Campos, secretário de Estado adjunto das Obras Públicas e Comunicações, confirmou que manteve “contactos pessoais e privados” com Joana Amaral Dias, mas desmente que lhe tenha feito um convite para assumir o lugar de candidata a deputada. Paulo Campos terá desmentido também "de forma categórica que nesses contactos tenha oferecido ou proposto qualquer lugar no Governo ou em qualquer outra função no Estado".

31 de Julho - Em entrevista à SIC Notícias, Joana Amaral Dias confirmou que Paulo Campos a convidou para integrar as listas do PS nas próximas eleições.

31 de Julho - Em entrevista à Sic Notícias, Paulo Campos admite ter sondado Joana Amaral Dias para saber se a militante do Bloco Esquerda estava disponível para integrar as listas de deputados do PS por Coimbra. Paulo Campos reconhece que falou ao telefone com a ex-deputada, mas nega ter feito qualquer convite, garantindo que a conversa foi exclusivamente sobre as listas de candidatos e deputados do PS.

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