quarta-feira, dezembro 03, 2008

Para mais tarde recordar...

Entrevista a Vicente Moura, Presidente do COP:
Pergunta:
Confirma que ganha 2500 euros mensais, fora despesas de representação?
Resposta: Recebo esse dinheiro, de facto, mas aqui ninguém recebe ordenados. Foi deliberado que o presidente, o secretário-geral e o tesoureiro recebessem uma verba a título de indemnização pelo tempo perdido. São 2500 euros mensais para mim, 75 por cento para o secretário-geral e 50 por cento para o tesoureiro. Mas são verbas próprias do COP, e não do Estado, que pagam esta indemnização de 12 meses e não de 14 meses.

Pergunta: Qual é a dependência financeira do COP do Estado?
Resposta: Recebemos do Estado para as nossas actividades cerca de 500 mil euros.

Pergunta: E como está a situação financeira do COP? É confortável?
Resposta: Não é confortável, mas o COP não está cá para ter lucro, até porque as federações e clubes pedem muitas vezes subsídios.

Fonte: Público

O Sr. Vicente Moura, que pretende recandidatar-se à Presidência do COP não aufere vencimentos, mas vê ser-lhe atribuída uma "indemnização" de 2.500 euros mensais. Consegue ser o único em Portugal que é "indemnizado" pelo tempo perdido. Vou experimentar usar esta teoria na declaração de IRS de 2009 e talvez o Estado compreenda que ainda estou a fazer um sacrifício ao disponibilizar os meus préstimos em benefício de terceiros. Porque se recandidata este senhor? Será que alguém se esquece da sua infeliz "participação" em Pequim, conseguindo ser mais triste que a dos atletas? O descaramento deste senhor, que se demitiu quando viu fugir algumas medalhas que ele dava como certas, ao decidir voltar atrás quando Nelson Évora conquistou o ouro, é de bradar aos céus. Insistir que deve recandidatar-se e que tem muito a dar ao desporto olímpico português é ainda mais grave. Se fosse uma pessoa séria e estivesse num país sério, depois da triste figura que fez em Pequim e das declarações que os atletas fizeram a demarcarem-se completamente deste personagem, Vicente Moura só teria uma solução: afastar-se enquanto pode e dar oportunidade a quem tem realmente vontade de fazer alguma coisa pelo desporto olímpico português.

1 comentário:

JOY disse...

Não podia estar mais de acordo.
Há malta que não larga o poleiro nem por nada.

Joy