quarta-feira, outubro 22, 2008

Medo que o feitiço se concretize ou defesa dos direitos de imagem?

Segundo consta, uma editora lançou e distribuiu um "kit" que inclui um boneco de vudu feito à imagem de Nicolas Sarkozy, acompanhado de agulhas criadas para se poder trespassar a figura do Presidente francês. O boneco vai ainda acompanhado de uma biografia satírica, um manual de instruções e tem inscrito no boneco algumas frases célebres do Chefe de Estado francês, com o célebre "racaille" (escumalha) na zona púbica.
Ora, o PR francês já é anão e era escusado ridicularizar com "as partes" de Sarkozy. Se para combater o problema da altura, Sarkozy recorre, alegadamente, a sapatos com sola muito grossa, vulgo saltos de tacão, para combater um possível problema que envolva o tamanho dos seus genitais a probabilidade de sucesso é nula.
Diz-se que Nicolas Sarkozy não só proibiu a distribuição do boneco, como ameaça processar a revista. Fala-se em qualquer coisa como "defesa dos direitos de imagem", essa coisa que as figuras públicas tanto falam quando se apanham em situações embaraçosas, mas que quando precisam de protagonismo para conseguirem realizar os seus caprichos - sim, até mesmo os fins políticos são caprichos, não é pelo Estado, nem pelo povo - já se lembram que vale tudo para poder ter um "empurrãozinho". Eu prefiro acreditar que o PR francês não acredita em bruxas, mas que bem lá no fundo não quis pôr à prova o esoterismo, não fosse o diabo tecê-las.
Aqui em Portugal podiamos seguir um modelo semelhante, mas em vez de bonecos de vudu, essa coisa "très chic" só acessível às carteiras francesas, podiamos fazer uma coisa mais rústica mais condizente com a realidade portuguesa, como sacos cheios de cocaína e heroína (até os podiamos ir buscar à PJ ou mesmo esperar uma mula no aeroporto), com um autocolante da cara de figuras que os portugueses tanto gostariam de desfazer como José Sócrates, Manuela Ferreira Leite, Manuel Pinho, Maria de Lurdes Rodrigues, mas também Luís Filipe Vieira, Teresa Guilherme e o Malato. De seguida, ao contrário dos "avecs" que recorrem a agulhas, podiam vender o kit com algo correspondente à realidade portuguesa: AK-47's, G3's, RPG's, entre tantas outras. O objectivo é atirar em cheio na cara do personagem escolhido e desfazer o saco. Não resolve os problemas no mundo, mas ajuda a aliviar o stress de muitos portugueses.

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