terça-feira, abril 29, 2008

Carjacking: culpados precisam-se!

Rui Pereira não se dá como culpado do fenómeno do carjacking que subitamente disparou em Portugal. Rui Pereira também não se dá como culpado pelo aumento da criminalidade em Portugal, especialmente da criminalidade violenta. Acredito que Rui Pereira não seja o culpado directo destes fenómenos, mas será o indirecto. Em primeiro lugar, Rui Pereira é o actual Ministro da Administração Interna e tem a obrigação de dirigir as forças policiais de forma eficaz no tocante à prevenção de crimes em Portugal. Em segundo lugar, Rui Pereira é culpado, aqui na fronteira entre o directa e o indirectamente, na medida em que foi ele o legislador das últimas revisões aos Códigos Penal e Processual Penal. A lei está mais permissiva e isso facilita e motiva a prática de crimes.
tem vindo a aumentar, bem como a criminalidade violenta. As tecnologias de informação é responsável por este aumento, em larga medida. Já repararam que o começou a surgir um pouco por cada telejornal, ou jornal, o Porém, a culpa não morre solteira. Não me canso de fazer uma ligação mais que directa entre as tecnologias de informação (com particular relevo para a comunicação social) e os actuais números que revelam que o carjacking era um crime muito específico, praticado por muito poucos e tendo como principal motivo a prática de tipos de crime específicos, como a venda ilegal de automóveis a estados africanos e o assalto a Multibancos? Já repararam que desde que a palavra "carjacking" disparou, alguns já se dedicam ao carjacking por mera recreação e diversão, como é o caso do Mini e do Smart que recentemente foram alvo deste tipo de crime? Para que é que alguém quer um Mini antigo e um Smart, senão por pura maldade?
Tendo em conta o mediatismo que o carjacking ganhou nos últimos tempos, começa a ser uma mancha no currículo de um criminoso, nunca ter praticado este tipo de crime. Então isto aparece na televisão, pode dar elevados lucros e é brandamente punido, e a quadrilha do Beto Mãozinhas nunca o fez? Perde imediatamente o respeito no mundo do crime.
Já repararam que desde que começaram a passar notícias sobre os crimes violentos praticados em África, Ásia, EUA e Brasil, os crimes violentos também aumentaram? Já repararam que com o aumento da imigração esses crimes aumentaram ainda mais? Já repararam que ninguém teme a lei, porque a lei é branda, favorece o crime, e porque "lá fora também se faz assim"? Já repararam que se não fossem muitos filmes, séries e notícias que passam pelas tecnologias de informação e que são de fácil acesso, a esmagadora maioria dos crimes não seria praticado por ignorância dos agentes?
A sociedade de informação já lesou gravemente a instituição "família" e contribui, em larga escala, para as graves lesões de que é alvo a instituição "comunidade". Até onde isto vai chegar? Até quando a lei será permissiva e os fins das penas actualmente em vigor, continuarão a ditar as pobres políticas criminais? Até quando persistirá o laxismo do poder político? Até quando os meios de informação continuarão a explorar a actual anarquia existente?

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