terça-feira, março 04, 2008

Ainda Alexandra Neno

Insurgi-me contra o facto de Alexandra Neno ser portadora de um cartão do MAI, tendo desta forma, alegadamente praticado um crime de usurpação de funções. Hoje, ao ler o DN, vejo que afinal o seu cartão era falso. Poderá estar aqui em causa mais um crime, que poderá ser de falsificação de documento, a fraude, enfim, o que for. O que é certo é que as declarações do Comissário da PSP relativamente a este facto e as declarações de Fernando Santos, marido da vítima, ao Correio da Manhã, dão-me razão, sobretudo quando este último diz "não me arranjem problemas com isso", o que demonstra que estava ciente da ilicitude do acto.
De forma alguma pretendi desvalorizar ou ridicularizar a morte de Alexandra Neno, porque não são crimes menores (como os já descritos) que se vão sobrepor à perda de uma vida. É de lamentar e reprovar o crime de que foi vítima Alexandra Neno. Porém, não podemos fingir que nada mais aconteceu. A minha posição relativamente ao casal McCann, a propósito do possível desaparecimento de Madeleine, foi precisamente a mesma que adoptei para o caso de Alexandra Neno: não se pode ignorar a alegada prática de um crime de exposição e/ou abandono por parte do casal, isto se nada mais grave for de aplicar. Existem alegados crimes praticados por pessoas relacionadas com as vítimas destes casos e jamais se poderá esquecer que os mesmos foram cometidos!

2 comentários:

Joana Padrão disse...

Parece impossível, eu não consigo compreender como é que alguém se pode preocupar com um cartão que apareceu dentro e um carro (ninguém sabe como), quando família e amigos ainda tentam acordar do pesadelo em que os fizera cair....
É lamentável....

ATG disse...

Joana Padrão,

sabe como, sabe. Leia as declarações do marido da falecida ao Correio da Manhã, ou leia alguns posts mais abaixo e vai ver a origem do cartão.